2048, vovô e neto conversando amigavelmente na piscina de um condomínio. Vovô, 90 anos e o neto com 30 anos.
– É verdade que além do troféu de melhor jogador da Copa do mundo você ganhou ainda uma casa paga pela FIFA no país que você quiser?
– É sim, vovô.
– Qual país você escolheu?
– Pô, vovô! Claro que eu quis um país de primeiro mundo, principalmente que não tenha corrupção. Brasil, obviamente.
– No ano que você nasceu, 2019, os países menos corruptos eram Nova Zelândia, Dinamarca, Finlândia, Noruega, Suíça, Cingapura, Canadá, Suécia, Luxemburgo e Reino Unido.
– Nossa, vovô! Que memória!
– É a pílula que estou tomando.
– E o Brasil?
– Nonagésimo sexto.
– Difícil de acreditar.
– Na época, a população não acreditava que o país fosse crescer desse jeito, mas a revolução de 2018/2019 colocou o país nos trilhos. Hoje o Brasil é exemplo para todas as nações. Temos saúde, educação, segurança e uma moeda forte, o Faria, valendo 5 vezes mais que o dólar que, na época, juntamente com o Euro, era a moeda mais forte.
– Vô, vamos falar de futebol.
– Está certo. Em 2019, as pessoas falavam que o nosso Palmeiras não tinha título mundial. Eu explicava que, em 1951, nós ganhamos um e zoavam muito com seu avô. Graças a você, o Palmeiras ganhou o nono título mundial este ano. “Nono” e “vovô” combinam. Fiquei muito contente com você na entrevista oferecendo esse título ao seu avô, que foi o grande incentivador da sua carreira.
– Eu falei tudo o que estava sentindo.
– Eu me lembro que quando fui te visitar pela primeira vez, na maternidade, levei o uniforme do Palmeiras e um porco de pelúcia. Me lembro também que a sua primeira palavra foi “vovô”, isso porque, antes de você começar a falar, eu ficava repetindo no seu ouvido: vovô, vovô, vovô. A família do seu pai pensou que você fosse torcer para o Ceará.
– Conte mais, vovô.
– No seu primeiro treino de futebol vieram várias pessoas me parabenizar pelo seu talento.
– Eu era tão bom assim?
– Antes de você chegar a esse estágio, eu te ensinei os primeiros chutes, os primeiros dribles, as primeiras cabeçadas e por aí vai.
– Como eu vim parar no Palmeiras?
– Vários empresários vieram falar com sua mãe para poder agenciar você, mas ela disse que eu era seu único empresário.
– Ah…
– Seu pai, um médico renomado, precisou se mudar com a família para São Paulo. E eu fui junto, pois não queria ficar longe de você. Lá chegando, depois de algum tempo, consegui um teste para você no Palmeiras. O seu sucesso começou. Único lugar que você jogou, fora a seleção brasileira. Parece um sonho. Me belisca para eu ter certeza que tudo isso é real.
– Ai!!!!
A mulher acorda o marido no meio da madrugada e ele acorda atônito.
– O que aconteceu? Cadê meu neto?
A mulher então diz:
Que neto? Acorda, você está sonhando. O Estêvão não nasceu, nossa filha ainda está grávida.
Nelson do céu! Simplesmente incrível! Eu já estava até vendo a cena de você e seu netinho. Porque você acordou do sonho?
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Sonhos são acordados. Outros sonhos virão, outros netos também. EEEEEEE!!!!!!! Obrigado pelo comentário.
Abraços
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Nelson, meu marido Jorge é Flamenguista roxo e o urubu reinou no final do ano.
Adorei a crônica!!! Que maravilha ter netos!!!! Família linda !!!!
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Eliza, ninguém é perfeito. Kkkkk. Se ele fosse palmeirense seria quase perfeito. Realmente, ter netos é tudo de bom. Beijos
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Kkkkk, Fiquei imaginando vc com seu joelho estourado ensinando o Estevão. Ainda bem que foi sonho, (Pelo menos na parte da conquista o 9º mundial). Que o Estevão tenha sucesso, mesmo que não seja como jogador.
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Kkkkk. Os sonhos se tornam realidades. Obrigado pelo comentário. Valeu!!!!!!
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