Campos do Jordão, município na Serra da Mantiqueira no estado de São Paulo. Arquitetura de estilo Suíço. Florestas e montanhas. É uma cidade sofisticada e requintada e com muitos eventos.
Alguns lugares são pontos obrigatórios, como por exemplo, o teleférico, com suas cadeiras coloridas que proporcionam uma visão aérea do centro turístico da cidade.
A subida pelo teleférico leva ao Morro dos Elefantes. A montanha recebe este nome por conta do formato que se assemelha com o contorno de um elefante. Lá em cima tem o mirante que se pode ver toda a beleza da Vila Capivari, e as belas montanhas que compõe o cenário da cidade.
Aqui começa a nossa história.
Um jovem, paulistano de 20 anos, em férias, depois de visitar o mirante, desce pelo teleférico para Vila Capivari e no meio do caminho, subindo pelo teleférico, uma moça muito bonita de olhos verdes, mexicana de 18 anos, filha de pai mexicano e mãe brasileira.
Os dois se entreolham e uma coisa inexplicável acontece. Os dois corações batem mais fortes.
O rapaz chega ao seu destino final e fica aguardando por várias horas a chegada daquela que para ele era uma musa.
Finalmente ela chega ao seu destino e fica sem reação, mas ao mesmo tempo, alegre por encontrar com o rapaz.
Eles se apresentam e partir daí um longo papo rola.
Ele em férias e ela para tratamento nesta cidade por indicação do seu médico.
Embora ele perguntasse sobre o tal tratamento médico, ela sempre se esquivava e dizia para aproveitar aqueles momentos que para ela era um conto de fadas e logo acabaria porque ela precisaria voltar para o México. Ela o chamava de príncipe e ele a chamava de princesa.
Esses dias, eles viveram como um conto de fadas e sempre achando que tudo acabaria bem como em todos os contos.
Último dia dela na cidade e apesar de estarem vivendo um conto de fadas, ele não sabia nada sobre ela, nem endereço e nem telefone e ela sempre dizia, vamos aproveitar esses belos momentos que o destino vai nos unir, para que tanta pressa?
Como era o último dia, ela lhe entregou um bilhete dizendo para abri-lo só no primeiro dia do ano. Ainda estava no dia 29 de dezembro.
E foi isso que aconteceu.
Na noite de 31 de dezembro quando ela já estava no México e ele em São Paulo, curioso para abrir o bilhete, numa noite quente de verão, céu estrelado e muito propício para o amor, esperando chegar o dia primeiro, pensando que naquele bilhete estaria o telefone e o seu endereço em alguma rede social, para enfim se comunicarem e relembrar todo aquele conto de fadas e fazerem outros contos, ele, com os fogos anunciando o ano novo que chegava, abre o bilhete e lê:
Meu príncipe, o que aconteceu entre nós, não foi apenas um amor de verão. Foi um amor eterno. Não consegui falar toda a verdade em nosso encontro, senão seria muito doído e não iríamos aproveitar todos os belos momentos. Tenho uma doença grave e em fase terminal que infelizmente a medicina não descobriu. Tenho mais alguns meses de vida, talvez 1 ano, mas morrerei contente com tudo isto que vivi a seu lado.
Quero que em nome do nosso amor, você viva feliz e procure alguém que te ama, assim como eu te amei.
Não sabemos o destino, mas quem sabe um dia….
Assim terminou o bilhete.
Para ele, foi como uma ducha de água fria. Toda a espera e todo o encanto se foram por água abaixo. Foi o pior ano novo que tivera.
Passaram se muitos anos e ele agora casado e com uma filha de 16 anos, iriam passar as férias no México a pedido da filha e esposa.
Num passeio em Xochimilco, onde tem as traquineiras, embarcações enfeitadas e um lugar exótico, existe um canal navegável, onde as famílias alugam esses barcos para comemorações e então, turistas e locais se misturam. Ele avista uma outra embarcação com bandeiras do Brasil, cantando músicas brasileiras no lado contrário. E os olhos se cruzam numa jovem que fez relembrar o teleférico em Campos do Jordão. Algo estranho aconteceu que seu coração disparou.
No outro dia eles foram conhecer a Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe. Enquanto ele e esposa estavam dentro da Basílica, sua filha estava do lado de fora, tirando fotos, quando uma moça se aproxima e falando em português, se oferece para tirar a foto dela de frente para a Basílica. Ela aceita e faz amizade com esta moça e marcam um encontro para o dia seguinte.
A noite no hotel, a filha do casal conversa com a mãe sobre o encontro com a moça. Conversam por muito tempo e no dia seguinte, só mãe e filha vão ao shopping para fazer compras e encontrar com a tal moça da Basílica.
As três conversam animadamente numa praça de alimentação do shopping.
No dia seguinte, o casal e sua filha foram conhecer as pirâmides em Teotihuacán. Uma em particular chamou a atenção dele, por sua beleza e magia.
A Pirâmide do Sol, que é a terceira maior do mundo, possui 5 plataformas e muitos degraus que levam ao topo onde, antigamente, sabe-se da existência de um templo de madeira que era utilizada para sacrifícios e oferendas aos deuses.
Enquanto a pirâmide da Lua suga as suas energias, a do Sol revigora.
O “príncipe” quis subir todos os degraus da Pirâmide do Sol, até o topo, mas sua mulher, conforme o combinado com a filha, disse para os dois subirem que ela ficaria embaixo visitando os artesanatos.
Assim foi feito. Quando eles estavam chegando perto do topo, viram várias pessoas levantando as mãos para o céu como forma de agradecer aos deuses e antes de chegarem ao topo, ele avista a moça das traquineiras e antes de falar alguma coisa, sua filha apresenta a moça.
– Pai, está é Guadalupe, minha irmã que conheci aqui no México.
O “príncipe” sem entender nada, ficou sem reação e a moça entrega uma foto para ele que era dele mesmo e que ao fundo aparecia o teleférico de Campos do Jordão. Atrás da foto dizia, com a mesma letra que ele já conhecia. “Minha querida filha, se você acreditar no destino, entregue esta foto ao seu pai, que foi o único homem que conheci e amei na vida. Ele foi meu príncipe encantado.
Pai e filhas se abraçam e choram e vão ao topo agradecer aos deuses.
Romântico esse meu amigo Nelsinho! É muito curioso o que o destino nos reserva, não? Adorei! Sou romântica também!!
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Romantismo acima de tudo, mesmo platônico.
Valeu. Beijos 😘
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