INTERVENÇÃO FEDERAL

Logo após o carnaval, o povo brasileiro acordou com a notícia de que o Rio de Janeiro estava sob Intervenção Federal, decretada pelo presidente.

O que é uma Intervenção Federal?

Vou explicar de uma maneira muito simples para a população entender.

Todos conhecem um baralho. Um jogo de 52 cartas, que vão de “As (A) a Rei (K).

Vou mostrar um jogo com dois baralhos, chamado de “tranca” ou “buraco”, onde as cartas são distribuídas para dois ou mais jogadores, no total de 11 cartas para cada um. No nosso jogo serão dois jogadores para facilitar a compreensão.

Nesse jogo o coringa é a carta “2”.

As cartas “3” vermelhas valem 100 pontos cada uma, ou seja, para quem fizer canastra ganha 100 pontos em cada uma delas. Se não fizer a canastra, perde 100.

As cartas “3” pretas só servem para trancar o jogo.

Canastra é um conjunto de, no mínimo, 7 cartas que valem pontos. 100 pontos com coringa e 200 pontos sem o coringa.

Não sei porque estou explicando as regras do jogo se todos já conhecem.

Intervenção Federal no Rio de Janeiro.

O Brasil é um Ca …, desculpem, o meu teclado me traindo. O Brasil é um baralho, Rio de Janeiro é outro. As cartas, o povo. Todos juntos, mas misturados, embaralhados.

Por enquanto, o presidente dá as cartas. Na outra rodada, quem dá é o interventor.

Começa o jogo. Como o presidente deu as cartas, o primeiro a comprá-la é o interventor. Palavra muito forte, comprar, até parece que o povo é mercadoria.

O jogo consiste em formar trincas e baixá-las na mesa. E, com o passar do jogo, ir completando para formar a canastra.  Na mão do presidente e do interventor estão as pessoas de bem e do mal.

As cartas “2” são os coringas, no nosso jogo, os que trabalham para os traficantes ou bandidos.

Os outros números são as pessoas da comunidade.

O “J” são os jovens.

O “Q” as mulheres.

O “K” os traficantes.

O “A” é o que vale mais, não fica antes do “2”. E só fica acima do “K”, ou com eles mesmos valendo muito.

Cada jogo baixado na mesa forma uma comunidade. Elas podem ser formadas no começo com 3,4, 5, 6 desde que seja do mesmo naipe ou por exemplo, 4,4,4 podendo ser de naipes diferentes, ou seja, na comunidade pode ter gente da mesma família ou se juntar a outras pessoas para um bem comum. Viver.

No país em que estamos, a palavra correta seria sobreviver.

O coringa pode ficar infiltrado em qualquer lugar, formar comunidades com outras pessoas. Ele acha que vale muito e tem até pessoas que acreditam que ele vale muito mesmo, mas na verdade, ele forma grupo de pessoas que acabam sendo do mal. Como no jogo, o coringa deixa a canastra suja.

O presidente gosta muito de coringas porque é mais fácil para trabalhar. Só para ele, é claro.

O que o interventor deve fazer? Formar na comunidade canastras que sejam limpas, porque assim a comunidade será grande, com pessoas do bem e, mesmo que tenham algumas infiltradas do mal, não serão maiores do que a população do bem.

Sempre ter os “3” vermelhos que são quatro, porque são eles que irão indicar se a comunidade ganhará pontos, ou seja, ganhará saúde, educação, segurança e tranquilidade. Porque, se não fizer canastra, ou melhor, se não fizer a intervenção com honestidade e não pensar num bem comum, ela perderá todos esses pontos e, sem esses pilares, não vai a lugar algum, muito pelo contrário, vai gerando mais violência, fome, analfabetismo e por aí vai.

Os “3” pretos são importantes também. Na verdade, eles são os delegados, porque trancam aqueles que estão na mesa e que não servem teoricamente para nenhum dos lados, mas futuramente podem ter validades.

Os “J” separados não valem nada. Caso se juntem do lado do mal, serão bandidos e pagarão futuramente pelos seus atos. O interventor tem que juntar os jovens e mostrar o lado do bem, só assim o Rio de Janeiro irá crescer.

As “Q” juntas podem somar pontos valiosos, está aí a força da mulher.

Os “K” que se cuidem, eles podem ser fortes no começo, mas se aparecerem os “A” eles não valerão mais do que eles.

Espero que no final da partida, as pessoas que fazem parte do Rio de Janeiro vençam o jogo e que o Brasil todo possa cantar:

“O Rio de Janeiro continua lindo…”

Publicado por Nelson Faria

Eu sou o que sou, porque faço da minha maneira. Simples assim. Sem prejudicar ninguém e amando todos, independente de raça e religião. Palmeirense de coração.

2 comentários em “INTERVENÇÃO FEDERAL

  1. O turismo trás muito dinheiro, especulação, ganância e o que vemos é a droga e a corrupção como instrumentos de manipulação para que tudo permaneça nas mãos “certas”. E as marionetes povoam a terra maravilhosa sem saúde ou segurança decentes. E pagam por isso com impostos e mais impostos.
    Faltam lideranças para que algo seja feito para mudar esse cenário.
    No Rio ainda podemos cantar diferente dos índios da Regiao Norte.

    Curtido por 1 pessoa

Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.

Crie um site como este com o WordPress.com
Comece agora